domingo, 29 de abril de 2012

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Permitir-se um tempo é a melhor coisa do mundo. Chorar. Sentir-se sozinha. Sem ninguém. Desligar-se de todos. Encontrar o pedaços de você que foram deixados no caminho. Acalmar a fera que está aí, silenciosa, rugindo aos poucos. Analisar seus erros, seus passos tortos. Organizar seus planos e sonhos. Escrever um pouco. Ler. Recarregar-se. Permitir-se sentir saudade. Priorizar o que se deve priorizar. Aceitar que errou. Querer mudar. Começar a mudar… Permita-se esse tempo, não vai se arrepender. Mas não pule as etapas. Entregue-se para o grande clichê da vida: “O que é seu, sempre volta.” Mas literalmente, deixe ele voltar. Caso não volte, siga. Não olha para trás. Não procura aquilo que você não possui mais. Chora, não tem problema. Mas não deixa a tristeza se apegar muito não. Limpa as lágrimas e segue. Faz a sua parte, que o destino faz a dele.

(Moniz Caldas)



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